Pra quem ainda não sabe, de todos os meus talentos artísticos recalcados o único que eu ainda insisto em praticar é a dança (já conversei com Papai do Céu e ele me garantiu que na encarnação que vem eu vou ser um super ator/cantor/modelo/ex-BBB, e que, já que vai ser assim, eu posso parar de dar murro em ponta de faca por enquanto). Talvez por causa disso chega a ser sofrível ter que assistir àquele quadro quase macabro do Domingão do Faustão chamado Dança dos Famosos (ou, como diria a Katylene Bismarck, famUÓsos :P).
Não que eu seja contra o fato de gente que não leva o menor jeito pra coisa tentar provar pra si mesmo que não é nenhum perna de pau (se eu fosse contra isso, já teria parado de dançar há
muito tempo). O problema é quando o sujeito (ou a sujeita) resolve aparecer na televisão se sacudindo feito um boneco de Olinda com derrame e todos em volta (Faustão sem noção, jurados com rabo preso e plateia caolha) fazem o(a) coitado(a) acreditar que deveria estar dançando no Teatro Municipal. Francamente, né? Pinóquio mandou lembranças. Não sei como Ana Maria Braga não foi furada por uma estaca de madeira em forma de nariz quando ouviu que tinha ido "maravilhosamente bem" no estilo disco. Pelo visto, as próteses de silicone de hoje em dia são mesmo muito mais resistentes que as de antigamente.
Como uma alternativa a esse show de horrores totalmente desnecessário, passei a acompanhar religiosamente o programa So You Think You Can Dance (Canal Liv, domingos, às 19h) e fiquei viciado. Seguindo os moldes do American Idol (e inclusive tendo também o Nigel Lithgoe como produtor executivo), o SYTYCD basicamente só se diferencia dele por fazer da dança, e não a música, a atração principal do programa. Ao contrário da Dança dos Famosos (e também de sua versão original, o Dancing with the Stars), o SYTYCD só mostra profissionais da dança na competição, o que torna a qualidade dos números bem melhor. Além disso, o simples fato dos competidores serem todos dançarinos anônimos em busca de melhores oportunidades profissionais (e não celebridades pernetas com egos do tamanho de Júpiter), já faz com que o programa tenha um clima bem mais leve e saudável que a versão Global do DWTS.
Por tudo isso, tô mais do que convencido de que o So You Think You Can Dance é a melhor opção que a TV aberta ou fechada tem a oferecer naquele domingo preguiçoso, em que a única coisa que passa pela cabeça da gente ao ver um bando de gente dançando na telinha é: "Nossa, hoje eu não consigo nem ficar em pé... Não, definitivamente eu não consigo dançar!"
É o que provavelmente a Ana Maria Braga pensa todo domingo (mas a danada é brasileira e, infelizmente, não desiste nunca! :P).
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